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Acupuntura Japonesa

Com base nos clássicos milenares chineses, foi desenvolvido no século XX, os métodos de tratamento da acupuntura japonesa, saiba mais sobre esta história.


A acupuntura japonesa e os outros métodos de tratamento tem contribuído, em muito, para o desenvolvimento de medicina oriental moderna, não só no ocidente, como no oriente.


A acupuntura chegou ao Japão no início do século V. Inicialmente, grande parte do conhecimento médico veio através da Coréia, com base no estudo milenar chinês, quando imigrantes coreanos fixaram-se no Japão no período formativo do estado japonês. Observando a eficácia dos tratamentos na população japonesa, os governantes da época enviaram diversas expedições de intercâmbios culturais para a China. Outros pesquisadores citam que o ilustre Monge Chiso (562 D.C), trouxe da China 160 tratados de medicina chinesa para o Japão.

A partir do século XI, os médicos japoneses foram evoluindo suas pesquisas, aplicando, analisando e desenvolvendo formas diferentes na aplicação dos princípios da medicina chinesa. Com muito seriedade e empenho foram diferenciando cada vez mais as técnicas de moxabustão, fitoterapia e acupuntura. Por esta razão, na acupuntura japonesa, a diferenciação dos princípios dessas três técnicas são cada vez mais marcantes. Essas diferenças são:


  • O uso da palpação tanto no abdômen (HARA) quanto nos canais de energias localizados nos membros, foi altamente desenvolvida, permitindo assim que surgisse diversos tipos de escolas de acupuntura, moxabustão e fitoterapia, onde o fundamento importante no diagnóstico oriental e de monitoramento é a palpação. Os deficientes visuais tiveram um papel muito importante no desenvolvimento desta técnica, isto ocorreu entre as décadas de 20 a 40, onde a presença da medicina ocidental dentro do Japão era dominante, sendo proibida a prática de acupuntura e moxabustão, porém aos deficientes visuais era permitido trabalhar com acupuntura. Com sua capacidade tátil acurada os deficientes visuais desenvolveram diversos métodos de diagnóstico, tratamentos e até verdadeiras escolas de acupuntura de forte influencia até hoje. Por esses motivos, o uso da diagnose palpatória é o ponto forte e fundamental no diagnostico da acupuntura japonesa como um todo.

  • Devido à alta sensibilidade da resposta rápida e precisa que o diagnostico palpatório oferece, o estudo dos métodos de inserção e estimulação das agulhas de acupuntura foi aprimorado juntamente com os avanços da tecnologia começam a utilizar agulhas mais finas, com agulhamento mais superficial (1 a 5mm) melhorando o efeito terapêutico. A utilização do mandril junto com agulhas de espessura mais fina permitiu uma estimulação mais suave e menos dolorida, promovendo um conforto maior ao paciente e atraindo para tratamentos um número maior de pessoas.

  • No Japão, o estudo primoroso dos livros clássicos chineses de acupuntura e sua aplicação rigorosa e crítica permitiu a disseminação de diversos tipos de métodos tradicionais de tratamento de acupuntura vindos de diversos mestres japoneses, os quais são ensinados até hoje.

  • A criação de técnicas onde são utilizados poucos acupontos, utilizadas no tratamento de diversas doenças crônicas com muito sucesso, a fim de terem um diferencial para sobreviverem à competição com a medicina ocidental e à farmacopeia natural e à necessidade de mostrar resultados eficientes e rápidos.

  • A formação independente da moxabustão com relação à acupuntura, surgindo diversos tipos de práticas curativas utilizando vários tipos de moxa, como o uso diretamente na pele (okyu), o uso da lã de moxa na cabeça da agulha (kyutoshin), o uso com bambus ou colheres de porcelana. Shimetaro Hara, no início do século XX, conseguiu diversas comprovações científicas sobre os efeitos terapêuticos da moxabustão. Atualmente existem terapeutas que só utilizam a moxabustão como um único meio de tratamento, um deles é o moxaterapeuta Isaburo Fukaya que criou um verdadeiro sistema completo de tratamento.

  • Com a diagnose palpatória e com o uso de métodos de estimulação suave e superficial, inicia-se o uso de materiais não envasivos, o uso de magnetos, tachinhas, agulhas de contato de ouro e de prata, estímulos com som e cor, o mubun (que utiliza pequenos martelos e agulhas de contato por meio de estímulos leves no abdomen).

  • A escola Keiraku foi expoente no desenvolvimento da aplicação dos princípios clássicos da acupuntura. Foi por meio dessa escola a oficialização da acupuntura e dos métodos tradicionais de cura (até então proibidos pelo o governo japonês). Yoshio Manaka e seus discípulos foram muito importantes neste momento, criaram um método de acupuntura onde a palpação abdominal se tornava o ponto forte do diagnóstico oriental com tratamentos muito eficientes, além de contribuírem para a comprovação clínica da existência do conceito dos canais de energia, a eficiência dos métodos de tratamento dos 5 elemento, dos métodos cronobiológicos também descritos pelos clássicos, o desenvolvimento de uma metodologia de diagnóstico e de tratamento e principalmente, uma linha de pesquisa sobre os diferentes tipos de estímulos que vão desde do agulhamento até o uso de materiais não invasivos.








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